quarta-feira, 12 de junho de 2013

Guerra Mundial Z - O Livro


Todos sabem que o filme Guerra Mundial Z (World War Z) com Brad Pitt vai estrear este mês (Clique aqui para ver o trailer). Confesso que a minha expectativa era grande para esse filme. Era...explico. Não vou cair na ideia de fazer comparações livro e filme (até por que o filme ainda nem estreou). O livro sempre é melhor. Sempre. E isso é fato. Acho que comparações devem ser feitas apenas quando fatos, estilos, personalidade são mudados do livro para o filme. Há quem diga que é força da adaptação para o cinema. Concordo em parte. A história tem que ser resumida sim, mas repeitando a história dos personagens, caráter, estilos e etc...

Por isso, o que vou fazer aqui é deixar a minha impressão do livro, fazer uma pequena analise trailer x livro baseando-se em alguns pontos e a expectativa para o filme. Antes que digam que alucinei e joguem garrafas em mim, por favor leiam até o final para saber o por que do absurdo de eu comparar trailer x livro.

World War Z é um livro escrito por Mark Brooks, escritor também do Guia de Sobrevivência aos Zumbis - Proteção Total Contra Mortos Vivos e O Guia de Sobrevivência a Zumbis - Ataques Registrados. Percebe-se que o cara já tem uma bagagem enorme sobre zumbis.

O livro conta que a humanidade foi quase dizimada pelos zumbis e mostra como foi a reviravolta dos humanos sobre os mortos vivos. Passando desde planos do governo até os tipos de armas e estudos, Brooks fala sobre todos os aspectos no que diz respeito sobre a sobrevivência humana.

Basicamente, a narrativa do livro se dá através de entrevistas com diversas pessoas de diferentes partes do mundo contando sobre suas experiências durante todo o conflito. Ele é uma especie de reporter da ONU com a finalidade de registrar os fatos desde que desencadeou a guerra até a completa vitória dos vivos sobre os mortos.

É aqui a grande sacada. Brooks consegue simplesmente encaixar todas as situações possíveis caso uma tragédia dessa viesse a acontecer de verdade. Com relatos desde o paciente Zero, passando por contrabandos de pessoas, transferências ilegais de orgãos, planos econômicos e militares, armas, canibalismo, suicídio em massa, grupos saqueadores, pessoas não-infectadas agindo como zumbis devido a loucura ocasionada pelo caos. Tem espaço até para os astronautas (#chupathewalkingdead).

As formas de explicações sobre como a foi o Grande Panico, com direito até uma história aqui no Brasil são incríveis. Alias, todos os relatos. Talvez essa seja minha frustração com o filme: não era para ser um filme e sim uma serie. O filme vai deixar passar tanta estória massa que é brochante.

Já no filme, vemos um trailer mais de ação do que o envolvimento emocional, táticas militares onde colocando ao lado uma parte do livro, transforma radicalmente o conceito da obra. Explico. No livro, os Zumbis não correm, não pulam. Já no filme, todos são corredores profissionais. Não que isso seja ruim. Até acho que a velocidade nos Z's seja algo de impressionar e dá uma cara nova no gênero, transformando o filme em uma ação bastante frenética de tirar o folego. Porém, no livro, a "parada" é diferente. Existem tantas histórias muito mais intensa do que a ação.

Talvez o filme seja bom. Alias, muito bom. Pena que houve uma mudança radical de conceitos. Por mim, o livro viraria um seriado. Mas ai já tem um tal de The Walking Dead...

E só para terminar, tenho que deixar registrado a minha insatisfação com a editora do livro, a Editora Rocco Ltda. A qualidade do livro é muito ruim em todos os aspectos. Folhas sensíveis demais que dá a impressão  que ela vai rasgar só em folhear. Um outro "defeito", é que em determinados momentos do livro, existem letras com fontes e sombreamento diferentes. É como se uma folha inteira estivesse em negrito e as outras não. E olhe que na época que comprei não foi barato não.

Por isso cuidado quando forem comprar os livros.